A radioterapia é uma das ferramenta do arsenal terapêutico contra o câncer de mama, desempenhando um papel significativo na redução do risco de recorrência e no aprimoramento das taxas de sucesso no tratamento. Este método, que utiliza radiação de alta energia, é fundamentalmente localizado, visando destruir as células cancerígenas de forma precisa e eficaz.

Processo de Planejamento:

Antes de iniciar a radioterapia, os pacientes passam por uma consulta especializada com um médico radioterapeuta. Durante essa consulta, exames como tomografia computadorizada são realizados para mapear detalhadamente a área a ser tratada. Esse planejamento minucioso leva em consideração o estágio do câncer, o tipo de cirurgia prévia, características individuais da paciente e os objetivos terapêuticos específicos.

Administração do Tratamento:

O procedimento em si é administrado em sessões diárias, distribuídas ao longo de várias semanas. Cada sessão é rápida e praticamente indolor, durando apenas alguns minutos. Durante o tratamento, a paciente é posicionada com precisão na mesa de tratamento para assegurar que a radiação seja direcionada com máxima eficácia à área afetada, enquanto se mantém o máximo conforto possível.

Efeitos Colaterais e Gerenciamento:

Embora a radioterapia seja um tratamento seguro, a paciente pode experimentar alguns efeitos colaterais. Entre os mais comuns estão a fadiga, vermelhidão na pele e sensibilidade ou irritação na região tratada. É crucial destacar que esses efeitos costumam ser temporários e desaparecem após o término do tratamento. A equipe médica está prontamente disponível para gerenciar esses efeitos, seja por meio de medicamentos ou cuidados específicos.

Redução do Risco de Recorrência:

A radioterapia é frequentemente aplicada após a cirurgia para eliminar quaisquer células cancerígenas remanescentes, reduzindo substancialmente o risco de recorrência local. Com a evolução das técnicas cirúrgicas modernas, combinadas ao uso estratégico da radioterapia, as taxas de recidiva na mama são mantidas abaixo de 5% nos 10 anos subsequentes ao tratamento.

Equivalência entre Mastectomia e Quadrantectomia + Radioterapia:

Um ponto fundamental a ser destacado é que, para mulheres com câncer de mama em estágio inicial, a expectativa de vida é igualmente longa, seja optando-se pela mastectomia ou pela quadrantectomia seguida de radioterapia. Ambas as abordagens oferecem resultados similares em termos de expectativa de vida.

Conclusão:

A radioterapia representa uma ferramenta inestimável no tratamento do câncer de mama. Ao aliar precisão terapêutica, planejamento cuidadoso e gestão eficaz de efeitos colaterais, esse método contribui significativamente para o sucesso no combate à doença. Sua aplicação após cirurgias, como a quadrantectomia, destaca-se como uma estratégia eficiente na redução do risco de recorrência, proporcionando melhores perspectivas e qualidade de vida para as pacientes. A busca contínua por avanços nessa área reforça a importância da radioterapia como aliada na jornada contra o câncer de mama.